Clipagem Acadêmica: Inteligência Financeira para Médias Empresas

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1.  Bank for International Settlements (BIS)

O BIS tem produzido estudos de vanguarda sobre o impacto da inteligência financeira, IA e sistemas de informação no setor financeiro. Por exemplo:

  • Aldasoro, I., Gambacorta, L., Korinek, A., Shreeti, V., Stein, M. “Intelligent financial system: how AI is transforming finance”. BIS Working Paper No. 1194, June 2024. Disponível em: https://www.bis.org/publ/work1194.htm
    • Resumo: Analisa como gerações de IA (machine learning, generative AI, agentes de IA) estão transformando quatro funções do sistema financeiro

— intermediação financeira, seguros, asset management e pagamentos.

  • Relevância para médias empresas: Mesmo sendo um estudo de nível macro-sistêmico, traz insights críticos para médias empresas que dependem de serviços financeiros, de créditos, de sistemas de pagamento digitais ou fintechs, mostrando que a “inteligência financeira” não é somente interna (gestão de caixa, BI) mas também externa (relacionamento com sistemas financeiros).
    • Aplicação prática: Médias empresas podem usar a lógica de inteligência financeira (dados, automação, previsões) para avaliar seus próprios processos de financiamento, automação contábil e relacionamento com instituições financeiras.

2.  Basel Institute on Governance

A Basel Institute publica guias que tratam da inteligência financeira no sentido de transparência, compartilhamento de dados, parcerias e governança, que são também relevantes para médias empresas que precisam estruturar sua inteligência financeira interna e externa. Por exemplo:

o compartilhamento de inteligência financeira — normalmente em contexto de combate à lavagem de dinheiro — e quais estruturas, plataformas e práticas funcionam na prática.

  • Relevância para médias empresas: Embora não seja diretamente focado em médias empresas, os princípios de inteligência financeira aplicam-se à governança de dados, ao compliance e à integração de sistemas de informação financeira. Uma média empresa que adota práticas de inteligência financeira pode também se beneficiar de melhores processos de governança, de relatórios financeiros mais sofisticados e de integração de dados internos/externos.
    • Aplicação prática: A média empresa pode adotar o mindset de

“inteligência financeira” como modelo de governança de dados — não

apenas gerar relatórios, mas estruturar processos de coleta, análise e compartilhamento de dados financeiros (internos e externos) para gerar vantagem competitiva.

3.  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

No Brasil, o IPEA oferece estudos e notas técnicas que ajudam a entender o ambiente institucional da inteligência financeira, digitalização e regulação, o que é essencial para médias empresas que operam no contexto brasileiro. Por exemplo:

  • Kubota, L. C.; Rosa, M. B. “Artificial intelligence in Brazil: adoption, scientific production and regulation”. IPEA Technical Note (Diset) No. 125, Jan 2024. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/entities/publication/48594463-ca44-41b7-8ea1-d2c3b451a8d9
    • Resumo: Analisa a adoção de IA por empresas e governo no Brasil, a produção científica, regulação e os desafios para que as empresas aproveitem essas tecnologias.
    • Relevância para médias empresas brasileiras: Oferece contexto regulatório e de adoção de tecnologias que impactam diretamente a inteligência financeira — sistemas de informação, analytics, automação contábil e financeira, governança de TI.
    • Aplicação prática: Uma média empresa no Brasil pode usar esses insights para desenhar uma estratégia de inteligência financeira que leve em conta regulação, investimento em IA/analytics, maturidade de TI e obrigações regulatórias e fiscais.

Recomendações para Médias Empresas

Com base nas três instituições e nos artigos destacados, aqui estão recomendações práticas para médias empresas que desejam elevar sua inteligência financeira:

  • Estruture a arquitetura de dados financeiros: consolide contabilidade, tesouraria, projeções de caixa, indicadores de desempenho e dados externos (mercado, crédito, fintech) para gerar inteligência.
    • Utilize analytics e IA para melhorar previsões de fluxo de caixa, cenários de risco, concessão de crédito, monitoramento de KPIs financeiros: como indicado pelo BIS, a IA transforma funções financeiras.
    • Implemente governança de dados e processos de inteligência financeira: adote práticas de coleta, tratamento, análise e disseminação de dados internos/externos (como no guia da Basel Institute) para gerar vantagem competitiva.
    • Considere o contexto regulatório e tecnológico local (Brasil): invista em capacitação, TI/analytics, automação contábil e processos de análise, conforme o estudo do IPEA, para que a inteligência financeira seja sustentável e alinhada ao ambiente nacional.
    • Desenvolva capacidade de adaptação e resiliência: médias empresas devem estar preparadas para mudanças rápidas no ambiente financeiro, usando

inteligência financeira não apenas para controle, mas para estratégia e crescimento.

Conclusão

A inteligência financeira — entendida como a capacidade de coletar, analisar e usar dados financeiros internos e externos, integrados com tecnologias como analytics, IA e governança de dados — está emergindo como um diferencial estratégico para médias empresas. Instituições como BIS, Basel Institute e IPEA mostram que esse tema envolve tecnologia, regulação, processo e governança, e que a aplicação cuidadosa desses conceitos pode elevar performance, reduzir risco e gerar vantagem competitiva.

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