
1. Petrobras reporta recorde de exportações no 3º trimestre
A Petrobras revelou que, no terceiro trimestre de 2025, suas exportações de óleo bruto atingiram cerca de 814 mil barris por dia — aumento de ~36 % em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção total subiu para ~2,52 milhões de barris por dia, com gás, líquidos e derivados elevando o volume para ~3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O maior destino da exportação foi a China (53 %), seguido por outros países da Ásia. Disponível em: https://www.reuters.com/business/energy/petrobras-q3-oil-gas-output-rises-17-year- earlier-2025-10-24/
Por que isso importa para médias empresas:
- Empresas que fornecem serviços, equipamentos ou logística para o upstream ou exportações da indústria energética podem se beneficiar da escala crescente.
- A mudança no destino das exportações (menos para EUA/Europa, mais para Ásia) pode alterar cadeias de fornecimento, logística e parcerias internacionais.
- Para médias empresas com contratos ou fornecimento à cadeia petrolífera, há necessidade de alinhamento com padrões de exportação, logística e risco cambial.
2. Shell plc amplia lucros com destaque para produção no Brasil e Golfo do México
A multinacional britânica Shell reportou lucros acumulados de mais de US$ 43 bilhões no ano (até o momento), impulsionados por uma produção recorde no Brasil e no Golfo do México. No 3º trimestre, lucrou ~US$ 5,4 bilhões, 27 % acima do trimestre anterior. Disponível em: Shell’s profits pass $43bn after production hits new highs in Brazil and Gulf of Mexico | Shell | The Guardian
Relevância para médias empresas brasileiras:
- A expansão de grandes players internacionais no Brasil aponta dinamismo no setor, o que pode gerar oportunidades de fornecimento, parcerias ou subcontratação.
- No entanto, também há risco de maior competição por recursos e talentos ou pressão de preço para fornecedores.
- Este cenário reforça a necessidade de médias empresas terem diferenciais de valor, qualidade e governança para participar das cadeias de grandes produtores.
3. Aperto no crédito corporativo brasileiro: elevação dos custos de financiamento
Relatórios recentes indicam que estouros de crédito corporativo no Brasil (mercado de bonds e dívidas) têm elevado os custos de empréstimos para empresas. Segundo o Fitch Ratings e outras análises, empresas brasileiras enfrentam renovação de dívida mais cara e menor apetite de investidores internacionais. Disponível em: https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-10-31/credit-blowups-in-brazil-are- scuttling-corporate-borrowing-plans?embedded-checkout=true
Impacto direto para empresas médias:
- A elevação dos spreads e da percepção de risco exige que médias empresas reforcem caixa, revisem cronogramas de amortização e sejam mais criteriosas com alavancagem.
- Empresas com contratos atrelados a taxas variáveis ou dívidas em dólar precisam revisar exposição cambial e estruturar cenários de stress.
- Maior rigor de investidores e credores requer governança financeira mais robusta, transparência e planejamento de liquidez.
4. Crescimento global modesto e ambiente macro contido
Segundo o International Monetary Fund (IMF), no relatório World Economic Outlook – October 2025, o crescimento global está projetado em ~3,2 % para 2025, com riscos principais voltados para baixo. Disponível em: World Economic Outlook, October 2025: Global Economy in Flux, Prospects Remain Dim
O que isso representa para médias empresas no Brasil:
- Com o ambiente global mais contido, empresas exportadoras ou com forte dependência de demanda externa devem calibrar projeções de vendas e margens.
- A pressão por eficiência, inovação e diversificação de mercado se torna maior.
- Mesmo para atuação doméstica, o cenário exige prudência no planejamento de investimento, dado o maior grau de incerteza.
5. BP plc avança descoberta offshore no Brasil
A empresa BP confirmou avanço em sua maior descoberta de petróleo e gás nos últimos 25 anos, no bloco “Bumerangue” no Brasil. Ela afirma que o reservatório é significativo e que o CO₂ presente na formação é gerenciável. As perfurações estão sendo planejadas para início de 2027. Disponível em: https://www.wsj.com/business/energy-oil/bp- presses-ahead-with-major-discovery-offshore-brazil-4cdbdf33
Para médias empresas de serviços, fornecimento ou tecnologia:
- Esse tipo de projeto de longo prazo abre janelas para participação em pré- contratos ou parcerias em fornecimento ou operação offshore.
- Exige que médias empresas antecipem certificações, qualificações e compliance ambiental/logístico para entrar nas cadeias de exploração profunda.
- Reconhecer que prazos longos e investimentos iniciais elevados requerem escalabilidade e foco estratégico.
Temas transversais em destaque
- Crédito e financiamento: custo mais elevado no ambiente corporativo brasileiro, exigindo maior disciplina e governança.
- Energia e exploração: expansão de produção e descobertas no Brasil apontam oportunidades — mas com risco regulatório, logístico e reputacional.
- Ambiente externo mais desafiador: crescimento global menor e maior competição elevam a exigência para médias empresas serem competitivas e eficientes.
- Governança e transparência: em um ambiente mais exigente de investidores, credores e mercados, médias empresas devem fortalecer processos, cultura e controles.
Recomendações para empresas médias no Brasil
- Reavalie seu perfil de dívida e exposição cambial; busque alternativas de financiamento mais seguras e diversificadas.
- Monitore cadeias de valor em que grandes players internacionais atuam, para posicionar sua empresa como fornecedor ou parceiro qualificado.
- Invista em governança, compliance e certificações que permitam acessar projetos maiores e mais exigentes.
- Mantenha planos de contingência para cenários macro mais adversos (crescimento menor, aumento de custos, restrição de crédito).
- Diversifique mercados e receitas — não dependa exclusivamente de um único cliente grande ou setor vulnerável.
Conclusão
A semana de 25 a 31 de outubro de 2025 entrega um panorama misto: há oportunidades claras — como as expansões no setor de energia —, mas também sinais de alerta, especialmente no crédito corporativo e no ambiente macro global. Para empresas médias brasileiras, isso reforça a necessidade de agir com preparação, visão estratégica e governança fortalecida. Quem se antecipar às mudanças e estruturar bem suas operações tem mais chance de transformar desafios em vantagem competitiva.
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